Há a hipótese de banqueiro estabelecer relações entre o caso BPN e a investigação ao Freeport. Estado vai aprovar prejuízos de 500 milhões na quinta-feira O jornal «Correio da Manhã» diz na sua edição deste sábado que o pedido de Oliveira e Costa seguiu ontem para o juiz de instrução, Carlos Alexandre, que já deferiu o requerimento do Ministério Público.
O jornal avança ainda que «há a hipótese de Oliveira e Costa estabelecer também «algumas relações entre o caso BPN e a investigação ao Freeport», já que o BPN é um dos bancos a quem foi pedida informação financeira sobre contas bancárias e transferências feitas no âmbito da investigação.
Esta disponibilidade de Oliveira Costa já foi aplaudida pelos deputados. Segundo o «Diário de Notícias», Honório Novo, do PCP, disse que aguarda «que esta audição sirva para se esclarecer a verdade», enquanto Nuno Melo, do CDS/PP, espera «que as audições a Oliveira Costa, ao Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio e ao Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, permitam que o Parlamento consiga calcular a decisão política que levou à nacionalização do BPN e se a supervisão bancária funcionou adequadamente».
Também João Semedo, do Bloco de Esquerda, viu com bons olhos a ida de Oliveira Costa ao Parlamento e garante que «achou natural» esta opção.
Governo vai dar a sua decisão final
Isto tudo, no dia em que se sabe que o Estado português vai aprovar as contas do BPN, enquanto accionista, na próxima quinta-feira, dois dias depois do ex-presidente do banco, prestar esclarecimentos perante os deputados.
O jornal «Económico» diz que a instituição obteve, em 2008, um prejuízo de cerca de 500 milhões de euros, devido ao volume de imparidades que tocou os 1,7 mil milhões de euros.
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A justificar este cenário estão as perdas em créditos do BPN e também do Banco Insular, no BPN Cayman e no BPN IFI (Cabo Verde). O Governo partirá, posteriormente, para uma decisão final sobre o banco.