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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Escutas Face Oculta: Sócrates mentiu ao parlamento sobre TVI - vídeo

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Em entrevista à SIC e à SIC-Notícias, a 24 de junho, Manuela Ferreira Leite acusou José Sócrates de estar a enganar os portugueses:"Não falou verdade quando disse claramente à comunicação social que não sabia de nada, não é possível não saber de nada um Governo que tem uma golden share (...) Sabe de certeza absoluta e disse que não sabia". No final do debate quinzenal no Parlamento, o primeiro-ministro disse desconhecer o eventual negócio entre a PT e a TVI. "Nada sei disso, [porque] são negócios privados e o Estado não se mete nesses negócios. Não estou sequer informado disso, nem o Estado tem conhecimento disso", declarou José Sócrates.

A este respeito, a presidente do PSD considerou ainda "não só preocupante como verdadeiramente escandaloso" caso este negócio conduza à substituição do director-geral da TVI. "Se neste processo for substituído o director-geral é gato escondido com corpo todo de fora e trata-se simplesmente de uma intervenção do Governo num órgão de comunicação social que, como ele [José Sócrates] disse várias vezes, lhe era incómodo", disse. "Eu acho isto gravíssimo para a democracia e para a comunicação social", classificou.
Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, em conferência de imprensa no Parlamento, considerou implausível que Sócrates tivesse manifestado desconhecimento: “Rejeitamos a posição do Governo sobre esta matéria alegando um desconhecimento que obviamente é implausível e até ingénuo”, afirmou. “Registámos que o ministro da tutela disse que o assunto não foi discutido na administração da PT”, afirmou Louçã, duvidando que “um negócio de 150 milhões” não tivesse sido discutido no conselho de administração “onde o Estado se faz representar”. Para Louçã, “há um aspecto muito político” no negócio, “não só pela intervenção do primeiro-ministro” no debate de quinta-feira mas também por, “em véspera de eleições” o Estado, através da PT, comprar um canal de televisão com o qual “existe um diferendo político importante”.