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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O ‘plano’ de Sócrates à beira das eleições Contrato: Juiz considerou que José Sócrates cometeu um crime



Escutas proibidas já são públicas. Envolvidos estão em silêncio

A Polícia Judiciária apreendeu uma minuta de um contrato de aquisição da Media Capital por parte da PT. Esta é uma das provas reunidas na investigação do processo ‘Face Oculta’ e demonstra a existência de um negócio que visava a compra da TVI.

Costa Gomes, juiz do Tribunal de Aveiro, considerou o documento um indício do envolvimento do primeiro-ministro José Sócrates no que entendia ser uma estratégia para condicionar a liberdade de expressão. Manuela Moura Guedes seria afastada, José Eduardo Moniz silenciado. "Um plano em que estará directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro, visando o controlo da estação de televisão TVI e o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes e do seu marido, José Eduardo Moniz, para controlar o teor das notícias", escreve o juiz, na certidão enviada para a PGR e que indiciava José Sócrates pelo crime de atentado contra o Estado de Direito.

O mesmo despacho diz ainda que o plano se tornava claro através da análise de conversações mantidas entre Paulo Penedos e Armando Vara.

O mesmo magistrado considerava que das conversas "resultavam fortes indícios de que as pessoas envolvidas no plano tentaram condicionar a actuação do presidente da República procurando evitar que fizesse uma apreciação crítica do negócio".

JUIZ ABRE SEGREDO DE JUSTIÇA AOS ASSESSORES JORNALISTAS