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quinta-feira, 20 de maio de 2010
Pacheco Pereira considera proibição abusiva e prescinde de audições
Pacheco Pereira considerou abusiva a proibição de referências a escutas no relatório final da comissão de inquérito ao negócio PT/TVI e prescindiu das novas audições que tinha pedido.
O deputado social-democrata Pacheco Pereira «discorda frontalmente» com a proibição imposta por Mota Amaral que não quer referências a escutas do processo Face Oculta no relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao negócio PT/TVI.
O parlamentar do PSD diz que «aceita como válidas as decisões do procurador-geral da República que não invocou qualquer inconstitucionalidade para impedir o envio dos documentos originais de Aveiro assim como dos magistrados de Aveiro assim como os pareceres jurídicos que nos enviaram e cuja divulgação urgente já solicitámos».
Para os seis deputados social-democratas que integram esta comissão, a não inclusão de todos os materiais prejudica o apuramento das responsabilidades do primeiro-ministro, embora «não haja dúvidas da existência, no ano de 2009, de uma operação política de carácter conspirativo de controlo de órgão de comunicação social».
Na opinião de Pacheco Pereira, esta operação foi «desenvolvida com conhecimento do primeiro-ministro por quadros do PS nas empresas em que o Estado tem participação»
Este deputado considerou ainda que «os trabalhos da comissão de inquérito estão gravemente feridos pelo que não tem sentido manter as audições requeridas pelo PSD com base em informações contidas em documentos judiciais que nos foram enviados».
«O mesmo aliás acontece na resposta e no comentário às perguntas do senhor primeiro-ministro, matéria sobre a qual não nos iremos pronunciar na medida em que não podemos, também aí, utilizar toda a informação disponível», concluiu.