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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Psiquiatra condenado por violar grávida


Crime foi dado como provado, mas, por o médico ser primário, a pena ficou suspensa

O médico psiquiatra acusado de violar uma paciente grávida de oito meses foi ontem condenado no Tribunal de S. João Novo, no Porto, a cinco anos de prisão, com pena suspensa por igual período. O clínico vai ter de pagar ainda uma indemnização à vítima de 30 mil euros e incorre numa eventual punição pela Ordem dos Médicos.

Os factos remontam a 31 de Março de 2009, altura em que a mulher que padece de doença depressiva iniciou o tratamento no consultório do arguido localizado na Rua de Gondarém, na Foz, deslocando-se ao Porto desde Trás- -os-Montes. A 2 de Setembro, grávida de oito meses, a mulher compareceu a nova consulta e no decurso da sessão, devido ao seu estado emocional, a vítima começou a chorar, tendo o arguido pedido que se deitasse na marquesa. O médico, de acordo com o acórdão, "começou então a massajar-lhe o tórax e os seios e a roçar partes do seu corpo no corpo da ofendida". A mulher levantou-se e sentou-se no sofá, enquanto João Vasconcelos Vilas Boas passava uma receita. "Quando voltou, aproximou-se da ofendida, exibiu-lhe o seu pénis erecto e meteu-lho na boca, para tanto agarrando-lhe nos cabelos e puxando-lhe para trás a cabeça, enquanto lhe dizia 'estou muito excitado' e 'vamos, querida, vamos". A grávida levantou-se, tentou sair do consultório, mas o médico, "aproveitando-se do estado de gravidez avançado, que lhe dificultava os movimentos", violou-a no sofá. Os exames feitos no hospital confirmaram o acto do arguido,