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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sócrates não foi inquirido por falta de tempo


E a audição de José Sócrates acabou por não acontecer, apesar de a investigação se ter prolongado por mais de cinco anos. Paes de Faria e Vítor Magalhães registam que há 27 perguntas que não puderam fazer ao primeiro-ministro.

São questões como: "Confirma ter havido um apoio efectivo da família Carvalho Monteiro (tio e primos de José Sócrates) ao licenciamento do Freeport?".

No despacho final, citado pelo Público, os procuradores afirmam que "importaria" mas que não conseguiram ouvir José Sócrates: "Após a análise do inquérito e compulsados todos os elementos que dele constam, verifica-se que, nesta fase, importaria não obstante qualquer proposta da Policia Judiciária, proceder à inquirição do então ministro do Ambiente, actual primeiro-ministro". Porque os nomes de José Sócrates e do então secretário de Estado Rui Nobre Gonçalves surgem como os principais decisores políticos do processo, porque os nomes dos governantes foram referidos em documentos apreendidos e em depoimentos, os procuradores tinham dúvidas que ficaram por esclarecer por falta de tempo.