A magnitude dos abusos sexuais cometidos por religiosos na Bélgica, revelada num documento tornado hoje público e no qual se fala de mais de 450 vítimas em 25 anos, das quais 13 se suicidaram, está a comover o país.
O relatório foi elaborado por uma comissão incumbida de investigar a pedofilia na igreja católica belga, instituição onde a «lei do silêncio» imperou durante décadas, segundo o pedopsiquiatra Peter Adriaenssens.
O responsável presidiu à comissão que recolheu testemunhos de 475 pessoas abusadas ou de familiares destas, apresentando-os ao longo de 200 páginas, nas quais se conta também que seis pessoas tentaram o suicídio.