Quando foi detido pela PJ, em Torres Vedras, a 1 de Outubro do ano passado, ainda tinha consigo o relógio e a carteira da vítima, surpreendida quando se dirigia para o carro após terminar o seu turno. Além dos pertences, Alípio Cunha, 28 anos, obrigou a enfermeira, três anos mais nova, a fornecer-lhe o código do cartão multibanco, efectuando levantamentos no total de 400 euros num posto de abastecimento das imediações do hospital.
No seu carro, o sequestrador levou a vítima até um sítio ermo da mata de Queluz, onde, sob ameaça de arma de fogo, acabou por a violar, sem que a jovem tivesse quem a socorresse àquela hora da noite. Facilmente dominada sob ameaças de morte, a enfermeira foi surpreendida quando se dirigia para o carro. Falava com a mãe ao telemóvel quando foi atacada por trás.
Um grito deu o alerta à mãe, que chamou a PSP. Quando a polícia chegou ao local do sequestro apenas encontrou o telemóvel da vítima no chão, caído junto à sua viatura, com as portas abertas.
Não muito longe dali, Alípio ameaçava a vítima com uma pistola. Os crimes, desde o sequestro, o roubo no multibanco e a violação na mata de Queluz, tiveram todos lugar num raio de aproximadamente 500 metros, na Amadora.