Desde que residam a mais de 100 km da capital, os governantes têm um subsídio de alojamento que corresponde a 47 euros por dia. Ou seja, 1400 euros por mês. Em Lisboa, o arrendamento de um apartamento T2 ou T3 varia, em média, entre os 750 e os 900 euros.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, que declara residência permanente no Funchal, solicitou pela segunda vez o subsídio de alojamento. No anterior Governo, Luís Amado recebeu cerca de 16 mil euros por ano.
Com residência em Bruxelas, a ministra do Trabalho, Helena André, também irá receber ajudas de custo. Assim como os ministros da Agricultura, António Serrano (residente em Évora), e da Justiça, Alberto Martins (residente no Porto).
Nove secretários de Estado, entre os quais Laurentino Dias e Carlos Zorrinho, irão auferir também ajudas de custo. Por ano, cada um dos governantes vai receber cerca de 17 mil euros de subsídio de alojamento.
O presidente do Conselho Económico e Social, Silva Peneda, e o seu chefe de gabinete, Fernando Santos Pereira, também têm direito a 1400 euros/mês e 940 euros/mês, respectivamente.
Os ministros têm um vencimento-base de 4821 euros, ao qual acresce um abono mensal de mais de 1900 euros para despesas de representação.
O vencimento dos secretários de Estado é de 4450 euros mas têm ainda direito a um abono mensal de mais de 1500 euros para despesas de representação.
TEIXEIRA DOS SANTOS TAMBÉM TEM DIREITOO ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que concedeu o subsídio de alojamento aos colegas de Governo, também tem direito a ajudas de custo para viver em Lisboa. Apesar de morar há mais de dez anos na capital, o governante tem residência permanente em Paranhos, junto à Faculdade de Economia do Porto, onde deu aulas antes de integrar o anterior Executivo de José Sócrates.
Em 2005, Teixeira dos Santos solicitou o subsídio, tendo recebido mais de 1300 euros/mês, mas neste ano poderá voltar a pedir. O despacho de autorização terá de ser assinado por Sócrates