depois da adesão à manifestação de 6 de Novembro e à greve geral de 24 de Novembro, os professores vão debater outras formas de luta "sectoriais". E o regresso às grandes lutas da era de Maria de Lurdes Rodrigues na Educação é uma hipótese em cima da mesa.
"[A contestação] pode seguir esse caminho", admitiu ontem ao DN Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), após um dia de reuniões em que o Ministério da Educação confirmou todos os cortes que afectam professores, dos salários às progressões e reposicionamentos na carreira, passando pelo ingresso nos quadros.
No entanto, os cortes "afectam toda a escola pública, prevendo-se tempos difíceis a partir de Janeiro, com a redução nas verbas para os estabelecimentos."
José Nóbrega Ascenso, do Sinape, subscreveu as críticas à suspensão dos ingressos nos quadros: "Temos um grande número de professores na casa dos 50 anos com vínculo precário. Com menos de 40 anos, praticamente estão todos a prazo", lamentou.