Não é mais um episódio das escutas do «News of the World»,mas em Portugal também há escutas polémicas. Dois quadros da Refer conversam ao telefone. Sobre? «Peço-lhe para fazer este inquérito, as conclusões já as tenho, são estas, mas tenho que as ter por escrito», porque «quero correr com o Esteves». Como compensação, «vou nomeá-lo».
Durante meia hora, os dois homens, um chefe e o outro subordinado tecem críticas duras a torto e a direito a funcionários e chefias.
As conversas telefónicas são um procedimento habitual na empresa, de modo a encontrar eventuais falhas de comunicação na regulação do tráfego ferroviário. Este telefonema, realizado através do Centro de Comando Operacional de Braço de Prata, seria em tudo normal, não fosse o teor da conversa e, pior, ter sido «encontrada» e posta online no Facebook. Numa página da rede social criada para o efeito, com a uma foto de Julien Assange, o homem-forte do WikiLeaks.
A Refer reconheceu junto do «Público» que foi instaurado um «inquérito para averiguar os factos», para além criação de um grupo de análise para «proceder ao levantamento das práticas existentes».