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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

“Nunca vai voltar à cadeia”



Recorde-se que a revisão da pena feita pela 4ª Vara Criminal de Lisboa - passando de sete anos para onze anos e meio, o tempo de prisão que Vale tem de cumprir - levou a que as autoridades portuguesas emitissem um novo mandado de detenção europeu, a 9 de Junho deste ano. Este mandado veio anular o anterior, que estava a pouco tempo de estar resolvido, uma vez que já estava no Supremo Tribunal Britânico. O processo voltou à estaca zero.

Pragal Colaço, advogado de Dantas da Cunha, num dos processos que condenou o ex-presidente do Benfica, é peremptório: "A Justiça portuguesa meteu água. Eu já tinha alertado, há dois meses, que isto podia acontecer. Todo o processo, em Inglaterra, voltou ao princípio, ou seja, ao Tribunal de Westminster [primeira instância] e o processo estava no Supremo."

"Emitir um novo mandado foi um grande erro. Nunca mais vai voltar à cadeia", acrescenta Pragal Colaço, acerca da entrega do ex-dirigente benfiquista às autoridades portuguesas.

Vale e Azevedo está com termo de identidade e residência, com o passaporte retido e impedido de viajar para o estrangeiro até à conclusão da extradição, nos tribunais britânicos há três anos. Durante sete sessões consecutivas, a decisão de extradição de Vale e Azevedo foi adiada. O processo de extradição completou três anos no passado dia 8 de Julho.