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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Passos declarou apenas um Opel Corsa

Passos Coelho esperou até ao fim do prazo legal para entregar no Tribunal Constitucional a declaração de rendimentos. O documento, que só deu entrada ontem, dá conta de que Passos recebeu quase 123 mil euros brutos por rendimentos de trabalho no ano passado.

A grande fatia do que recebeu em 2010 diz respeito a trabalho dependente, quase 120 mil euros. Recorde-se que nesse ano Passos Coelho renunciou ao cargo de administrador no grupo Fomentinvest para assumir a presidência do PSD em Março. O restante declarado refere-se a rendimentos prediais, no valor de 3 mil euros, um valor superior ao de 2009, quando Passos Coelho, que ainda não era líder dos sociais--democratas, recebeu por trabalho dependente 96 391 euros.

Atrás de Passos Coelho ficam apenas Paulo Portas, Miguel Macedo, Assunção Cristas e Pedro Mota Soares,

Um pormenor diferente. na declaração de Passos, por exemplo, não aparecem mencionadas contas à ordem ou a prazo, nem investimentos em acções. O primeiro-ministro e presidente do PSD declarou apenas ser proprietário de um Opel Corsa e de dois apartamentos (um T2 e um T4) em Massamá, apartamentos que está a pagar através de dois empréstimos ao banco: um no Millennium BCP, com mais de 225 mil euros em dívida, e outro, com cerca de 42 mil euros de remanescente, na Caixa Geral de Depósitos.

A ministra da Agricultura foi a última a entregar a declaração de rendimentos. Assunção Cristas declarou mais de 61 mil euros em rendimentos dependentes, mas a ministra, que o ano passado foi deputada do CDS, recebeu mais de 32 mil euros por trabalho independente.

No documento, Assunção Cristas refere ainda ser co-proprietária de dois prédios em Lisboa e de um apartamento em Albufeira. No seu parque de estacionamento conta com um Ford Galaxy e um Volvo v70. Ao contrário de Passos, a centrista declarou contas bancárias: ao todo quatro contas que dão um valor total a rondar os 85 800 euros. Só é obrigatório declarar contas à ordem no valor superior a 50 salários mínimos, ou seja, acima dos 24 250 euros.