Carvalho da Silva acusou o Governo de "terrorismo social" e, com a implementação das alterações no mercado laboral já no próximo ano, apontou que "a intenção do Governo é mesmo pôr os portugueses a pão e água, quanto a isso não há dúvida".
No entender do dirigente da CGTP, o conjunto das medidas anunciadas pelo Governo representam um aumento de mais 30 a 32 dias de "trabalho gratuito" por ano e uma perda de dois a três meses na sua remuneração média, quer no setor público, que no privado.
"Aquilo que está a ser preparado sobre o subsídio de desemprego é no mínimo chocante e o impacto do aumento do horário de trabalho, corte de férias e feriados, tudo isto implica que o país vai ter num espaço de tempo curto mais de 200 mil desempregados", denunciou.
Em cima da mesa, esta tarde, estão, entre outras matérias, a redução do tempo de férias, as alteração ao subsídio de desemprego e a redução para 8 a 12 dias no tempo de indemnização em caso de despedimento e ainda a facilidade de o patrões poder despedir o trabalhador em caso de inadaptabilidade deste último.