
"Estamos a lutar contra o tempo, já que o processo prescreve no dia 10 de Março. Já pedimos a reabertura do processo e estamos na expectativa de que o tribunal se pronuncie antes dessa data", diz irmão de Maria Fernanda.
Passados quase 16 anos sobre a morte de Maria Fernanda, os irmãos Filomena e Francisco continuam revoltados por "não ter sido dado o devido seguimento ao caso". Filomena recorda ao CM o dia em que a irmã terá cometido suicídio, na propriedade que tinha com Paco Bandeira, em Sintra. Tinha 51 anos.
"Às cinco da manhã, recebemos a notícia de que a minha irmã tinha falecido e arrancámos de Elvas para Lisboa. Quando chegámos, por volta da hora de almoço, ele [o cantor] estava no quarto e já estava tudo limpo. Os tapetes estavam de molho dentro do tanque. O Paco tinha mandado a empregada lavar tudo. Os tapetes, a cama, a roupa dele... tudo. Ele chorava muito e dizia que não sabia como tinha acontecido e que a minha irmã dizia que já não aguentava mais."
Filomena Castelo ficou ainda mais indignada com o número de munições encontradas na arma com que a então mulher do artista se terá suicidado. "A arma era dele e levava seis balas. Depois daquela desgraça só estavam lá três. Quem quer suicidar-se não precisa de usar três balas... basta uma."
Para a família de Maria Fernanda, a morte tornou-se ainda mais misteriosa no momento de reconhecer o corpo. "Quando fomos ao Instituto de Medicina Legal as roupas da minha irmã estavam num saco preto e não nos deixaram trazer. Disseram-nos que iam queimar tudo, que eram só más recordações", lembra Filomena.
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