Formavam dois grupos perigosos e um deles era chefiado por um agente da PSP do Seixal, Paulo Marques, já dono de casa com piscina e de um BMW topo de gama, ostentando uma vida de luxo. Três destes detidos deslocaram-se, em 4 de Maio de 2010, à propriedade do madeireiro Joaquim Calhabaço, de 39 anos, conforme o CM avançou na altura. Identificaram-se como polícias – prontos a fazer buscas na sequência do roubo de um tractor – mas abandonaram o local pouco depois de a irmã e o sobrinho da vítima ali chegarem. Voltaram no dia seguinte, com o mesmo argumento e um discurso que pareceu convincente às vítimas. Forçados a entrar em casa, Joaquim Calhabaço e a mulher foram de imediato obrigados a entregar uma bolsa com sete mil euros. Enquanto a mulher ficou com um dos ladrões numa sala, Joaquim acompanhou os restantes numa revista à casa.
"Só me diziam que era melhor eu colaborar, que entregasse todas as armas ilegais que tivesse escondidas e que lhes abrisse o cofre, coisa que eu nem sequer tenho", disse na altura a vítima ao CM. O casal acabou trancado numa divisão da casa.