Construir em áreas protegidas ambientalmente é um acto condenável.
Não faço a mínima ideia se foi isso que aconteceu no Freeport e se o actual primeiro-ministro esteve ou não ligado a este processo.
Agora aquilo que me parece mais normal é que haja luvas num processo destes.
Basta pensar.
O Freeport está construído junto à reserva do Tejo. Quase, quase, quase, lá dentro.
Ora nas bordas dum rio há lodo. como todos sabemos.
E para empurrar o Freeport para fora da zona protegida foi preciso uma luvas. Para não sujar as mãos, claro.
Depois, os senhores da obras não conseguiram empurrar tanto cimento. E inteligentemente pediram ajuda aos outros senhores políticos, autarcas, construtores civis, familiares e amigos. E empurraram a linha de fronteira para lá do FreePort. Assim toda a gente evitou ficar com as mãos sujas de lama. Melhor. Para este tipo de trabalho são precisas apenas luvas cirúrgicas.
Mas alguma coisa correu mal. E o problema é que nas brancas luvas cirurgicas notam-se mais os pequenos salpicos da lama.
Será o pântano?