LUA

terça-feira, 14 de abril de 2009

Freeport:


Manuel Pedro (à esq.) e Charles Smith foram ouvidos pelas autoridades por tráfico de influências

pediram 4 milhões de libras

Charles Smith, arguido suspeito de tráfico de influências no caso Freeport, entregou à Polícia Judiciária de Setúbal e aos magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) um fax que comprovará uma tentativa de suborno no processo do outlet de Alcochete.

O documento em causa terá sido enviado por uma sociedade de advogados (do escritório Gandarez e Antunes), onde aqueles pediam quatro milhões de libras (à data 1,2 milhões de contos) para conseguir a legalização do empreendimento. O pedido terá sido feito em Dezembro de 2001, primeiro através de um contacto telefónico e depois formalizado num fax enviado à Smith & Pedro.

Segundo o CM apurou, o primeiro contacto aconteceu dias antes do projecto ter sido chumbado pela segunda vez. Os advogados propunham resolver o problema de licenciamento, primeiro a troco de dois milhões de contos (10 milhões de euros), depois a troco de 1,2 milhões (6 milhões de euros).

Smith garantiu às autoridades que pediu depois aos mesmos advogados para formalizarem o pedido. Smith e Manuel Pedro contactaram de seguida a Freeport em Inglaterra e garantiram que conseguiam o licenciamento sem recorrer ao pagamento daquelas verbas. Mesmo assim, terão pedido o aumento da avença - passou a cerca de 50/60 mil libras - e exigiram que cada reunião para desbloquear a obra deveria ser paga separadamente.