pediram 4 milhões de libras
Charles Smith, arguido suspeito de tráfico de influências no caso Freeport, entregou à Polícia Judiciária de Setúbal e aos magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) um fax que comprovará uma tentativa de suborno no processo do outlet de Alcochete.O documento em causa terá sido enviado por uma sociedade de advogados (do escritório Gandarez e Antunes), onde aqueles pediam quatro milhões de libras (à data 1,2 milhões de contos) para conseguir a legalização do empreendimento. O pedido terá sido feito em Dezembro de 2001, primeiro através de um contacto telefónico e depois formalizado num fax enviado à Smith & Pedro.
Segundo o CM apurou, o primeiro contacto aconteceu dias antes do projecto ter sido chumbado pela segunda vez. Os advogados propunham resolver o problema de licenciamento, primeiro a troco de dois milhões de contos (10 milhões de euros), depois a troco de 1,2 milhões (6 milhões de euros).
Smith garantiu às autoridades que pediu depois aos mesmos advogados para formalizarem o pedido. Smith e Manuel Pedro contactaram de seguida a Freeport em Inglaterra e garantiram que conseguiam o licenciamento sem recorrer ao pagamento daquelas verbas. Mesmo assim, terão pedido o aumento da avença - passou a cerca de 50/60 mil libras - e exigiram que cada reunião para desbloquear a obra deveria ser paga separadamente.