O Bloco de Esquerda congratulou-se com a demissão de Dias Loureiro,O líder do Bloco de Esquerda considerou que a manutenção de Dias Loureiro no Conselho de Estado «aprisionava o Presidente da República» e que por isso este ex-ministro não tinha outra hipótese senão sair deste seu cargo.
«O Bloco de Esquerda pediu e exigiu esta demissão não por causa das declarações de Oliveira e Costa, mas pelo facto confirmado por Dias Loureiro há muito meses atrás de que tinha sido sócio num negócio do BPN de um traficante de armas libanês», afirmou Francisco Louçã.
Numa referência a Abdul Rahman El-Assir, Louçã recordou que este libanês tem «um processo de captura em Espanha» e que «fugiu às autoridades» e que foi com este empresário que Dias Loureiro «teria feito um negócio num off-shore em Porto Rico com a perda de milhões de euros que não foram registados no banco».
«Desde essa hora, cada dia que passava, era mais absurdo que Dias Loureiro continuasse no Conselho de Estado», concluiu o líder dos bloquistas.
Por seu lado, o CDS-PP reclamou os louros desta demissão, ao ligar a saída de Dias Loureiro do Conselho de Estado ao trabalho que tem vindo a ser feito pela Comissão de Inquérito ao BPN, «exigida e proposta» pelos centristas.
De acordo com o deputado Pedro Mota Soares, nesta comissão «está a fazer-se o apuramento da verdade» em particular por causa do trabalho do deputado Nuno Melo, um dos integrantes desta comissão.
«O dr. Dias Loureiro saiu assumindo as suas responsabilidades, mas há outras pessoas que ainda não as assumiram. É bastante evidente para toda a gente que o Banco de Portugal e o seu governador falharam redondamente neste processo», concluiu este parlamentar, que também defendeu a saída de Vítor Constâncio das suas funções no Banco de Portugal.