Passados quase seis anos, continua à espera que a Câmara de Lagoa (CML) assuma a responsabilidade e a indemnize, como já fez a outro automobilista cujo carro caíra no mesmo buraco, horas antes do seu, após decisão do tribunal nesse sentido. "Tenho a vida estragada. Só não morri naquela altura porque por baixo do meu Peugeot 206 já estava uma motorizada, que impediu que o carro se afundasse. Tinha comprado o carro a crédito e, como não paguei as prestações, o meu ordenado foi pen
horado. Tiram-me 140 euros por mês", revelou ao CM.
Com 34 anos, empregada de balcão, Célia está "desesperada": "Na CML brincaram comigo. Fui lá vezes sem conta para resolver o assunto, mas nada. Pedi ajuda jurídica através da Segurança Social e depois contratei uma advogada para processar a CML. Mas tudo continua na mesma e o meu prejuízo foi de 19 000 euros."
Contactado pelo CM, José Inácio, presidente da autarquia, esclareceu que a seguradora não considerou provada a responsabilidade da CML na produção dos danos reclamados. "Há regras que têm de ser cumpridas e neste caso caberá ao tribunal avaliar e decidir", sustentou.