Os despachos de arquivamento das certidões que continham escutas de conversas entre Armando Vara e o primeiro-ministro estão guardados na Procuradoria-geral da República (PGR) e nem sequer foram enviados para o processo Face Oculta, no DIAP de Aveiro
Segundo o SOL apurou, Pinto Monteiro recusou enviá-los e promete que assim ficarão guardados na PGR, no arquivo de documentos confidenciais, sem possibilidade de acesso de quem quer que seja.
O juiz de instrução deste processo, António Gomes, não se conforma e voltou a notificar esta semana o PGR para entregar os despachos.
A argumentação do PGR tem sido a de que não pode tornar públicos os despachos que proferiu – nem sequer dar conhecimento deles sob condição de confidencialidade, conforme pediu a comissão parlamentar de inquérito ao caso PT/TVI – pois os mesmos «contêm transcrições» das escutas do primeiro-ministro que foram declaradas nulas e mandadas destruir pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).