"Fui com o senhor Carlos Silvino tive com outra pessoa que não se encontra na sala... Paulo Pedroso."
Este depoimento é d
e ‘Diogo’, o jovem cujo testemunho foi classificado pelo tribunal "como muito relevante" e que consta do acórdão do processo Casa Pia, no capítulo da avaliação das declarações dos assistentes que afasta a tese de manipulação ou fantasia.
Para demonstrar a razão que levou o tribunal a acreditar no jovem, que esteve na origem da condenação de cinco arguidos, incluindo o crime imputado a Cruz em Elvas, os juízes transcreveram este depoimento de ‘Diogo, sublinhando as pausas e os silêncios da vítima para concluírem que a sua postura "não correspondia a uma atitude defensiva por estar a contar uma experiência que inventou". Pelo contrário, os juízes ficaram convictos de que a atitude do ex-casapiano, "com consistência e ressonância emocional", demonstra que estava a contar "uma coisa que viveu".
a juíza perguntou: "E essa vez que não disse ao tribunal no dia de ontem e eu perguntei--lhe quantas vezes é que o senhor tinha ido a Elvas por qualquer outra razão, essa vez que não disse ao tribunal com quem foi, o que é que foi fazer?" O jovem respondeu e explicou então que não referira à terceira deslocação porque envolvia uma pessoa que não estava no banco dos réus e, por isso, "pensava" que não era tão importante. "