LUA

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Armando Vara investigado por eventual crime de branqueamento e fraude fiscal

O negócio envolvendo a compra de uma casa, por 900 mil euros, na rua D. Manuel I, no Alto do Lagoal, em Caxias, e que tem como intervenientes Armando Vara, ex-administrador do BCP, e Maria Conceição Leal, administradora do BANIF, é visto pelo Ministério Público de Aveiro.

A conclusão é que tais factos "são susceptíveis de integrar os crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais", tendo por isso o magistrado que tutelava o processo ‘Face Oculta’ determinado uma investigação autónoma.

Segundo os autos que o CM consultou, no cerne de toda a polémica está o facto do dinheiro entregue por Armando Vara para adquirir a casa no Alto do Lagoal ter ido parar a um paraíso fiscal.

Armando Vara e Conceição Leal deram explicações para a movimentação do dinheiro. O ex-administrador do BCP garantiu que entregou quatro cheques à administradora do BANIF: o primeiro, de 50 mil, para sinalizar a intenção de compra; o segundo, de 300 mil, no acto do contrato de promessa de compra e venda; e os últimos, de 100 e 50 mil, para garantir que mantinha o interesse na casa

Conceição Leal passou um cheque de 50 mil euros a Vara que servia para lhe devolver o primeiro sinal. Conceição Leal explicou depois que o negócio chegou a envolver a permuta da casa do Estoril, Ainda segundo Conceição Leal, o negócio foi feito com vara por serem amigos.