
As críticas foram feitas em declarações à agência Lusa, depois de interrogado sobre os motivos que o levaram a encabeçar um movimento contra a extinção de feriados civis.
"Um país é feito de símbolos e datas como o 1º de Dezembro ou o 5 de Outubro fazem parte da nossa identidade. Nem Salazar se atreveu a tocar no 5 de Outubro", respondeu o ex-candidato presidencial apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda.
Manuel Alegre acusou depois o Governo de pretender pôr em prática "uma medida ideológica e revanchista, sobretudo contra o 5 de Outubro".
"Trata-se também de uma medida contra um direito que o povo português conquistou, que é o direito ao lazer, o direito a gozar os seus feriados. Nós não somos escravos", afirmou.
Interrogado se aceita em contraponto a extinção de alguns feriados religiosos, o ex-dirigente socialista manifestou uma posição menos fechada, considerando no entanto intocáveis feriados como o Natal ou Páscoa.