Cerca
de 50 trabalhadores da cadeia de hotéis VIP estão hoje concentrados no
Parque das Nações, em Lisboa, em protesto contra atrasos no pagamento de
salários e subsídio de Natal e trabalho excessivo, disse à Lusa um
sindicalista.De acordo com António Barbosa, do Sindicato de
Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, os trabalhadores –
que cumprem hoje um dia de greve – têm estado a chegar, desde a manhã de
hoje, ao Parque das Nações, onde se estão a reunir para uma
concentração de protesto.
“Pela informação dada pelos colegas que
vieram de outros hotéis há gente ainda a chegar à manifestação e já lá
estão cerca de 50 a 55 pessoas”, disse o sindicalista à agência Lusa,
referindo que a greve do Metropolitano de Lisboa está a dificultar a
reunião.
A greve nos hotéis VIP, convocada para os cerca de 700
trabalhadores das 10 unidades de Lisboa, ainda só colocou "dificuldades
sérias no hotel do Parque das Nações", o VIP Arte, referiu o
sindicalista
De acordo com António Barbosa, naquele hotel, a cozinha está sem serviço, já que apenas o ‘chefe’ compareceu ao trabalho.
A greve foi convocada devido ao atraso no pagamento do subsídio de Natal, os cortes salariais e queixas de trabalho excessivo.
“As
reivindicações destes trabalhadores são o pagamento do subsídio de
Natal - que só agora, depois de anunciada a greve, é que começaram a
pagar a alguns trabalhadores – e [o protesto contra] um corte salarial
em algumas categorias profissionais entre 5, 10 e 15% com a desculpa da
crise”, explicou António Barbosa.
Além disso, acrescentou, “os
trabalhadores não têm direito à categoria de trabalhador-estudante, os
salários são sempre pagos a dias diferentes – já chegaram a pagar a 9 e a
10 [de cada mês] – e as pessoas queixam-se também do trabalho que estão
a desempenhar porque chegam a ter duas pessoas para 34 quartos”.
A Lusa contactou a direcção da cadeia de hotéis, que se escusou a fazer qualquer declaração.
Nota de bloguista: Pois esta greve reivindica a reposição da percentagens retiradas dos salários descontados aos trabalhadores deste grupo hoteleiro e pela exploração sobre-humana de excesso de trabalho por não quererem um quadro de pessoal de acordo com as necessidades da empresa, também, o pagamento dos salários no final de cada mês e não quando a entidade patronal entende, e finalmente o pagamento dos subsídios de férias antes do gozo da mesmas e não no final como sempre acontece. Pena tenho que esta greve não tenha tido o destaque das cadeias de televisão, como por exemplo a METRO Lisboa