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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Duarte Lima não responde aos pedidos das autoridades brasileiras


De acordo com a edição de hoje do Correio da Manhã, Duarte Lima não tem sido sensível aos pedidos das autoridades que estão a investigar a morte de Rosalina para que se desloque ao Brasil para ajudar a identificar a misteriosa Gisele, a mulher loura com quem diz ter deixado a sua cliente, depois do encontro que manteve com ela, numa cafetaria. O jornal adianta que o ex-deputado do PSD nunca respondeu ao pedido da polícia brasileira que não consegue encontrar a mulher referenciada pelo advogado português.

Num fax que enviou às autoridades brasileiras, no dia 9 de Dezembro do ano passado (dois dias após a morte de Rosalina Ribeiro), Duarte Lima explica o encontro que teve com a sua cliente na noite em que foi morta. Lima refere que o encontro foi breve, que ocorreu numa cafetaria do Rio de Janeiro, cujo nome não se lembra, nem local. A única coisa que revela é que deixou Rosalina, em Maricá, na companhia de uma mulher quarentona, loura de óculos escuros.

Depois deste depoimento do advogado português, o inspector encarregue da investigação ao homicídio de Rosalina Ribeiro, contactou uma vez mais Duarte Lima, solicitando-lhe que se deslocasse ao Brasil. Porquê? Porque, de acordo com as autoridades brasileiras, citadas pelo Correio da Manhã, “a descrição feita por fax e telefone [pelo advogado] não permite à polícia fazer o retrato-robô de Gisele [assim se chamará a tal mulher loura], que só o senhor Duarte Lima viu”.

Mas há mais coisas que o ex-deputado não se recorda, como por exemplo, a marca da viatura que alugou para se deslocar de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro. O tempo percorrido também está a levantar reservas às autoridades. Lima declarou que fez a viagem em 50 minutos, mas a polícia brasileira afirma que não é possível fazer esta distância em tão pouco tempo.

Por seu lado, o Jornal de Notícias na sua edição de hoje, revela que os advogados no Brasil de Duarte Lima já tiveram acesso às cópias do inquérito ao assassinato de Rosalina Ribeiro, invocando o direito à defesa. O ex-deputado social-democrata não tem estatuto formal no processo, embora seja suspeito por ter sido a última pessoa conhecida a ver a ex-secretária do milionário com vida.