
Íris Berardi, descrita como uma "conhecida prostituta" de nacionalidade brasileira, era menor de idade quando frequentou festas nas villas do primeiro-ministro em Milão e na Sardenha, em Novembro e Dezembro de 2009. "Em troca da sua repetida participação nas festas de Berlusconi", dizem os investigadores, a jovem terá recebido "colares, pulseiras, pendentes e outras jóias", apreendidas pela polícia na sua casa.
Os novos detalhes da investigação, vertidos em 227 páginas acrescentadas ao processo que já leva mais de 600, fizeram aumentar a pressão sobre Berlusconi, que continua a desvalorizar o inquérito e a acusar os magistrados de Milão de conduzir uma "campanha pessoal" contra si com motivações políticas.
A oposição em bloco voltou ontem a exigir a demissão do primeiro-ministro, considerando que a sua manutenção em funções é "indefensável" e que, "para o bem do país", os seus aliados conservadores devem retirar-lhe a confiança política.