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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

João Carlos Silva alega que quis fintar Figo na Taguspark


Caso Figo. O gestor vai esta semana explicar à administração da empresa a sua versão das escutas em que foi apanhado a falar do negócio
Tudo não passou de um plano para enganar Luís Figo. Esta é a explicação que o administrador executivo, João Carlos Silva, deverá dar aos accionistas da Taguspark sobre as escutas telefónicas que levaram o DIAP a suspeitar que o contrato publicitário entre a empresa e o ex-jogador tivesse servido para "pagar" o apoio político a José Sócrates.
Fonte próxima do gestor - que negociou o acordo à revelia do Conselho de Administração, mas não da Comissão Executiva da Taguspark - disse ao DN que nas conversas telefónicas com o advogado Paulo Penedos, já publicadas na imprensa, João Carlos Silva discutia como seria preciso "tapar os olhos" aos agentes de Figo, para "pôr aquilo a render dinheiro".
Segundo a mesma fonte, o ex-jogador terá começado por exigir 250 mil euros por ano durante cinco anos (1250 euros), nessas negociações. O contrato, que alegadamente foi assinado, é de três anos e tem um valor de 750 mil euros (distribuídos da seguinte forma: 350 mil, mais 200 e mais 200) e uma cláusula sobre a renúncia.
"A ideia", explica, "era que Figo gravasse um vídeo publicitário no primeiro ano - e as principais coisas da campanha - e depois denunciava-se o contrato para não lhe pagar o acordado, nos restantes anos."
A versão é contrária à das suspeitas do DIAP (e da notícia do semanário Sol), segundo as quais os executivos da Taguspark seguiam instruções para comprar o apoio político do ex-futebolista. Figo - que desmente as acusações - tomou o pequeno-almoço com José Sócrates no último dia de campanha para as legislativas. Horas depois, gravou o filme para a Taguspark.